No atual cenário turbulento, imprevisível e incontrolável, o sucesso e a geração de melhores resultados demandam, cada vez mais, que as organizações inovem e busquem continuamente implantar boas práticas de gestão. A aposta na inovação vem despontando como um grande diferencial das empresas, contribuindo para o aumento de sua competitividade e perenidade no mercado. Uma das provas de que países e organizações estão empenhadas nessa questão é o recente resultado do ranking mundial de inovação de 2011, elaborado pela Confederação das Indústrias da Índia em parceria com o instituto de administração europeu Insead e a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Wipo). O levantamento mostrou que o Brasil subiu 21 posições em relação ao ano passado, quando ocupava o 68.º lugar. No grupo dos BRICs, fica atrás apenas da China, superando Índia e Rússia, o que indica uma boa evolução comparada a outros países em desenvolvimento.
Mas ainda há muito que fazer para que as organizações tenham sucesso e apresentem resultados em um ambiente mutável e cada vez mais competitivo. Um importante passo dado neste sentido foi a criação da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), liderada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que congrega empresas e organizações que atuam nos diferentes setores | da ecomomia. Esse movimento enxerga a inovação como um ponto essencial para que o país possa enfrentar os desafios a que as grandes potências estão submetidas e também busca inserir, de forma permanente, esse tema na agenda estratégica das empresas. O atual momento de crescente visibilidade e relevância que o Brasil ganha no cenário internacional exige e favorece uma grande mobilização para a inovação, que aos poucos passa a fazer parte do dia a dia das companhias.
No entanto, será difícil cumprir esse objetivo se a inovação continuar compreendida pelos empresários apenas no campo das tecnologias, restringindo-se, na maioria das vezes, a pesquisa e desenvolvimento. A busca por novas ideias e soluções deve ser um valor assimilado e internalizado na cultura das organizações, envolvendo todas as áreas, processo e níveis hierárquicos. Assim, é preciso ter uma visão sistêmica da gestão e compreender que a inovação deve acontecer também na liderança, em recursos humanos, no marketing, nas ações com foco na sustentabilidade, no modelo de negócios, ou seja, na empresa como um todo. Nesse processo de sensibilização e engajamento, as lideranças das empresas têm um papel fundamental. É dos gestores a tarefa de criar um clima propício à inovação nas empresas, que promova a geração de ideias em | áreas estratégicas, tanto de forma espontânea como induzida, e que incentive os colaboradores a participar de maneira ativa deste processo. Assim, estabelece-se uma relação de confiança entre o líder e seu grupo, criando uma sintonia de pensamentos e um ambiente criativo e encorajador para que todos se sintam parte relevante do processo de trabalho.Ciente da importância desse posicionamento para o aperfeiçoamento dos negócios, a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) destaca a Cultura da Inovação como um dos 11 fundamentos que suportam e compõem os critérios do Modelo de Excelência da Gestão (MEG), disseminado para organizações dos mais diversos portes e segmentos. Dessa forma, a geração contínua de ideias originais e sua incorporação à gestão de forma sistêmica, incluindo processos, produtos, serviços e relacionamentos com públicos de interesse, contribuem na busca pela excelência e no aumento da competitividade não só da empresa, como também do país. Mas todo esse esforço só valerá a pena e trará resultados promissores a partir do momento em que a inovação fizer parte do planejamento estratégico das organizações e expandir fronteiras, engajando o grupo na mesma causa em prol do sucesso do negócio e do desenvolvimento sustentável do Brasil. |
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