segunda-feira, 20 de maio de 2013

Google lança loja de aplicativos para educação

Google lança loja de aplicativos para educação
TERRA EDUCAÇÃO – 20/05/2013 – SÃO PAULO
O Google anunciou na semana passada, durante sua conferência anual para programadores em San Francisco (EUA), uma ferramenta desenvolvida para ajudar professores do ensino básico a encontrar conteúdo educativo para usar em tablets. O Google Play for Education é uma loja de aplicativos testados e recomendado por educadores, que tem um sistema de busca que permite que os professores escolham os apps segundo disciplina e série. “Ouvimos muitos professores e eles nos disseram que havia uma lacuna entre o que é tecnologicamente possível em educação e o que é prático. E disseram que a responsabilidade de consertar isso era do Google. Nós concordamos”, afirmou Chris Yerga, diretor de engenharia do Android.
“Ter apps testados é muito importante porque os professores confiam nos outros professores”, afirma Yerga. Assim, os educadores têm acesso a um conteúdo que já passou por alguma avaliação antes de usá-los com seus alunos. Ao entrar na loja, diz o executivo, o educador vê à esquerda um menu com as disciplinas e, horizontalmente, um menu em que pode selecionar a série que deseja. Depois de aplicar os filtros, ele tem acesso a uma série de apps que poderá usar com seus alunos. Alguns serão gratuitos, outros não.
“Se todos os alunos tiverem uma conta no Google, o professor pode selecionar o app e colocar o nome do grupo de alunos que todos eles terão acesso instantâneo ao aplicativo em seus tablets”, explica Yerga. A iniciativa posiciona a empresa em um mercado amplamente dominado pela concorrente Apple. O Google Play for Education estará disponível a partir do segundo semestre e ainda não há previsão de que haja uma ferramenta com aplicativos em português.
Enquanto isso, a empresa faz um chamado para programadores de todo o mundo para desenvolver aplicativos para crianças e jovens da educação infantil ao ensino médio. Já está disponível um guia com orientações para criar apps para a ferramenta e o conteúdo poderá ser submetido já no meio do ano. Além dos desenvolvedores individuais, o Google já conta com a parceria de instituições como a Nasa e a PBS para a criação de apps.

Google lança loja de aplicativos para educação

Google lança loja de aplicativos para educação
TERRA EDUCAÇÃO – 20/05/2013 – SÃO PAULO
O Google anunciou na semana passada, durante sua conferência anual para programadores em San Francisco (EUA), uma ferramenta desenvolvida para ajudar professores do ensino básico a encontrar conteúdo educativo para usar em tablets. O Google Play for Education é uma loja de aplicativos testados e recomendado por educadores, que tem um sistema de busca que permite que os professores escolham os apps segundo disciplina e série. “Ouvimos muitos professores e eles nos disseram que havia uma lacuna entre o que é tecnologicamente possível em educação e o que é prático. E disseram que a responsabilidade de consertar isso era do Google. Nós concordamos”, afirmou Chris Yerga, diretor de engenharia do Android.
“Ter apps testados é muito importante porque os professores confiam nos outros professores”, afirma Yerga. Assim, os educadores têm acesso a um conteúdo que já passou por alguma avaliação antes de usá-los com seus alunos. Ao entrar na loja, diz o executivo, o educador vê à esquerda um menu com as disciplinas e, horizontalmente, um menu em que pode selecionar a série que deseja. Depois de aplicar os filtros, ele tem acesso a uma série de apps que poderá usar com seus alunos. Alguns serão gratuitos, outros não.
“Se todos os alunos tiverem uma conta no Google, o professor pode selecionar o app e colocar o nome do grupo de alunos que todos eles terão acesso instantâneo ao aplicativo em seus tablets”, explica Yerga. A iniciativa posiciona a empresa em um mercado amplamente dominado pela concorrente Apple. O Google Play for Education estará disponível a partir do segundo semestre e ainda não há previsão de que haja uma ferramenta com aplicativos em português.
Enquanto isso, a empresa faz um chamado para programadores de todo o mundo para desenvolver aplicativos para crianças e jovens da educação infantil ao ensino médio. Já está disponível um guia com orientações para criar apps para a ferramenta e o conteúdo poderá ser submetido já no meio do ano. Além dos desenvolvedores individuais, o Google já conta com a parceria de instituições como a Nasa e a PBS para a criação de apps.

No curso de medicina, apenas 2,7% dos formandos são negros


UOL EDUCAÇÃO – 20/05/2013 – SÃO PAULO, SP
Apesar de formarem 50,7% da população brasileira, os autodeclarados negros ainda são minoria entre os formados no ensino superior. Na carreira de medicina, apenas 2,66% dos concluintes em 2010 eram pardos ou pretos. O estudo foi feito pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), a pedido do UOL, com as informações dos alunos que fizeram Enade.
Dos universitários que fizeram Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) em 2010, apenas 6,13% se declaravam pretos ou pardos. Em 2009, o índice foi ainda menor: 5,41%.
Em 2010, somente 16.418 estudantes concluintes que prestaram o Enade se declararam negros, de um total de 267.823 universitários. No ano de 2009, foram 35.958 alunos concluintes negros entre 663.943 estudantes que prestaram o exame.
`Ainda temos o negro vítima de situações sociais que são resultado de um histórico da escravatura. Dos excluídos nossos, os negros são aqueles que precisam de maior amparo da sociedade`, afirma Luiz Cláudio Costa, presidente do Inep.
A pequena presença de estudantes negros no ensino superior é o resultado de diferentes gargalos, que vão da exclusão material, passam pela baixa qualidade do ensino público e chegam à autoexclusão.
`O percentual de estudantes negros que terminam o ensino médio é muito aquém do índice de brancos. A exclusão vem muito antes do ensino superior`, comenta o antropólogo Jocélio Teles, professor da UFBA (Universidade Federal da Bahia).
Para ele, não pode ser também descartado o processo de introjeção da exclusão que leva o aluno a não ver a universidade como uma trilha possível para ele. `Chega ao ponto de possíveis estudantes nem se inscreverem no vestibular`, pontua.
Segundo Teles, um estudo feito nos anos 2000 mostrava que a maioria dos estudantes de cursos prestigiados, como medicina ou odontologia, em universidades públicas tinham pais com ensino superior incompleto ou completo.
Desempenho
Quando analisado o desempenho dos estudantes no exame nacional, os estudantes negros têm nota 1,7% menor do que os alunos não negros. `O desempenho é muito próximo, mostrando que eles superam as dificuldades que tiveram no ensino básico com muita dedicação`, considera Luiz Cláudio.
De acordo com o presidente do Inep, a diferença entre alunos negros e não negros é maior na educação básica, mas tem diminuído. `Isso se explica por uma série de razões. Há uma grande correlação entre alunos negros e escola pública. Às vezes a educação é de baixa qualidade, existe a defasagem idade série, muitas vezes esse estudante tem que trabalhar e estudar`, lista o presidente do Inep.
No caso das universidades públicas que adotam cotas, o antropólogo Jocélio Teles salienta que é preciso um trabalho paralelo da instituição para que o estudante possa superar completamente as diferenças em relação a alunos de boas escolas particulares.
`O que as universidades precisam pensar, e parece que poucas pensaram, é o que se chamou de permanência dos estudantes. É preciso que eles tenham cursos de línguas, que haja programa de monitoria e de tutoria para esses estudantes`, afirma Teles.
Acesso
O Censo 2010 mostrou que na população de faixa etária entre 15 e 24 anos, 31,1% dos brasileiros brancos frequentavam a universidade. Entre a população parda e preta, os índices são muito menores: 13,4% e 12,8%, respectivamente.
Em 2012 foi assinada a Lei de Cotas, que criou a reserva de 50% das vagas em universidades federais para estudantes de escolas públicas a partir de 2016. Em respostas aos pedidos de políticas afirmativas raciais, a distribuição das reservas se dará de maneira equivalente à representação demográfica das raças no Estado.
Para o antropólogo, a Lei de Cotas não resolve o problema de acesso dos negros no ensino superior, apenas democratiza o ingresso em universidades públicas. `Ainda estamos falando de selecionar uma pequena parte dos estudantes que têm condições de ingressar na universidade. Há muito mais alunos na escola pública do que essas vagas disponíveis.`

Com Bolsa Família, alunos do Norte e NE têm aprovação maior que média


AGÊNCIA BRASIL – 16/05/2013 – BRASÍLIA, DF
Estudantes beneficiados pelo programa governamental Bolsa Família nas regiões Norte e Nordeste têm rendimento melhor do que a média brasileira no ensino médio das escolas públicas. A taxa de aprovação desses alunos é de 82,3% no Norte e de 82,7% no Nordeste, enquanto a taxa brasileira é 75,2%.
Os números foram feitos com o cruzamento de dados de 2011 do MEC (Ministério da Educação) e do MDS (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e apresentados hoje (16) pela ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, no 14º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação).
`Os mais pobres tiveram um desempenho melhor do que a média`, constata Tereza Campello. `Não só conseguimos garantir que essas crianças não saiam mais da escola, mas conseguimos garantir que elas consigam ir melhor na escola`.
Ela atribui o rendimento ao fato de que os estudantes beneficiados pelo programa não podem ter uma taxa de frequência inferior a 85%. Para os demais alunos, a taxa é 75%.
`Além disso, esses estudantes são superestimulados, as famílias entendem que é um ganho muito grande`, diz a ministra.
No Brasil, esses estudantes também se destacam. A taxa de abandono escolar brasileira no ensino médio era de 10,8% em 2011, mas entre os alunos beneficiados pelo Bolsa Família, a taxa foi de 7,1%. A taxa de aprovação entre os beneficiados foi de 79,9% em comparação à taxa nacional de 75,2%.
Ensino fundamental pior
No ensino fundamental, estudantes beneficiados do Norte e Nordeste tiveram taxa de rendimento um pouco inferior à taxa nacional. No Norte, a taxa de aprovação dos beneficiados foi 84,4% em 2011 e 82% no Norte, em comparação à taxa nacional de 86,3%.
No Brasil, a taxa geral de aprovação dos beneficiados foi 83,9%. O abandono nacional nessa etapa do ensino foi 3,2%. Entre os beneficiados, também foi inferior, 2,9%.
A ministra também apresentou dados que mostram a maior presença dos 20% mais pobres da população brasileira no sistema de ensino. Em 2001, 17,3% dos jovens com 16 anos, que fazem parte desse grupo, tinham ensino fundamental completo. O número passou para 42,7%, em 2011. No Brasil, em 2001, 43,8% dos jovens nessa faixa etária tinham o ensino fundamental completo, e em 2011, 62,6%.
Entre os 20% mais pobres do país, os jovens de 15 a 17 anos na escola passaram de 71,1%, em 2001, para 81,1%. No Brasil, a porcentagem de jovens nessa faixa etária na escola passou de 81% para 83,7%. Entre os 20% mais pobres de 15 a 17 anos no ensino médio, - a idade adequada a essa etapa de ensino - a taxa passou de 13,6% para 35,9%. A variação nacional foi 37,4% para 51,7%.
`Houve uma melhora no fluxo escolar e são os mais pobres que estão puxando esses indicadores para cima`, constata Tereza.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Governo recua e exige doutorado de professor de universidade federal

DA REDAÇÃO - TERRA EDUCAÇÃO - 15/05/2013 - SÃO PAULO, SP
Após dispensar a exigência de mestrado e doutorado, permitindo que docentes com apenas a graduação pudessem disputar vagas nas universidades federais, o Ministério da Educação (MEC) recuou da medida. Na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União, a presidente Dilma Rousseff publicou medida provisória que altera o plano de carreira e cargos do magistério federal e determina a necessidade de doutorado para concorrer a vagas para docente nas universidades e institutos federais.
Segundo a medida, a instituição de ensino poderá dispensar o título de doutor, no edital do concurso, quando se tratar de provimento para área do conhecimento ou localidade com `grave carência de detentores da titulação acadêmica de doutor`. Nesses casos, poderão ser contratados professores com mestrado, especialização ou que possuam apenas o diploma de graduação.
O texto diz ainda que a carreira do magistério federal será composta por cinco classes, que vão de professor adjunto, assistente e auxiliar (classe A), até professor titular (classe E). O ingresso se dará sempre pela classe A, por meio de concurso público e prova de títulos.


Vinculação dos royalties do petróleo volta a ser discutida

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, recebeu apoio de senadores para vincular 100% dos royalties do petróleo à educação. Durante audiência pública na Comissão de Educação do Senado Federal, na manhã desta terça-feira, 14, o ministro voltou a abordar o tema, que é uma das prioridades da presidenta da República, Dilma Rousseff.

Em sua exposição, o ministro reforçou a necessidade de definir recursos para cumprir a meta dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB), prevista no Plano Nacional da Educação (PNE). “Só vejo uma fonte que vai crescer de forma exponencial. A educação dá sentido à riqueza não renovável”, salientou Mercadante. “Não devemos pulverizar os recursos.”

O governo federal enviou para o Congresso Nacional, no dia 3 de maio, o projeto de lei 5500/2013, que trata da vinculação dos royalties, uma vez que a proposta anterior, a medida provisória 592/12, perdeu a validade em 12 de maio. No dia 23 de abril, a comissão mista do Congresso que analisa a proposta decidiu adiar a votação da MP, até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre a questão da divisão dos royalties entre os estados.

PNE – Ainda em tramitação no Senado, o plano organiza metas estratégicas para a educação nos próximos dez anos. O relator José Pimentel apresentou o texto nesta terça-feira, 14, mas a votação foi adiada para a próxima semana.

O ministro Mercadante afirmou que ainda quer debater alguns pontos da proposta com os senadores. No entanto, ele garantiu que o MEC tem interesse em aprovar o PNE o mais rápido possível. “O MEC se comprometerá integralmente com a aprovação do PNE”, pontuou Mercadante. 

Link - http://www.planetauniversitario.com/index.php/notas-do-campus-mainmenu-73/30189-vinculacao-dos-royalties-do-petroleo-volta-a-ser-discutida?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+PlanetaUniversitario+%28Planeta+Universit%C3%A1rio%29

Universidades brasileiras obtêm destaque em ranking QS 2013

A Universidade de São Paulo ficou entre as 50 melhores universidades do mundo em quatro disciplinas no Ranking Mundial de Universidades por disciplinas QS 2013. O destaque foi para as disciplinas de filosofia (41º lugar), estatística e pesquisa operacional (41º), educação (45º) e comunicação e mídia (48º). Já a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ficou na 19ª posição em agricultura e silvicultura.

Dezenove universidades brasileiras ficaram nos top 200 em pelo menos 30 disciplinas incluídas na pesquisa. No restante da América Latina, o Chile contou com oito instituições nos top 200, a Argentina teve cinco, o México quatro e a Colômbia duas.

"O sucesso do Brasil reflete uma evolução em seu perfil internacional e o impacto da pesquisa, impulsionados principalmente por um maior investimento em pesquisa e desenvolvimento", afirmou Bem Sowter, diretor de pesquisa da QS.

Outras universidades paulistas que aparecem com destaque no ranking são: Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em nível nacional, a USP ficou em primeiro lugar em 24 disciplinas, enquanto a Unicamp ocupou posição de liderança em cinco.

O ranking baseia-se em pesquisas com mais de 70 mil acadêmicos e empregadores, em citações de pesquisas e no novo medidor de impacto de pesquisas “H-Index”.

O ranking completo está em: www.topuniversities.com/university-rankings-articles/university-subject-rankings/qs-world-university-rankings-subject-2013 

Agência FAPESP 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Inscrição para estrangeiros que queiram fazer graduação no Brasil abre dia 15


MARIANA TOKARNIA - AGÊNCIA BRASIL - 08/04/2013 - BRASÍLIA, DF
Estudantes estrangeiros que desejam cursar a graduação no Brasil devem se inscrever do dia 15 de abril ao dia 28 de junho. A inscrição é gratuita e deverá ser feita na missão diplomática brasileira. Os alunos selecionados cursarão o primeiro semestre do curso escolhido a partir do início de 2014.
As seleções serão feitas como parte do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G). O programa oferece oportunidades de formação superior a cidadãos de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. As regras para a participação no PEC-G foram publicadas hoje (8) no Diário Oficial da União.
Podem participar estudantes estrangeiros com 18 anos - ou que completem a maioridade até 31 de dezembro de 2013 - com ensino médio completo.
No momento da inscrição, os estudantes interessados devem apresentar, entre outros documentos, comprovante de conclusão do ensino médio, histórico escolar e Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), caso não venham de países lusófonos. Precisam apresentar termo de responsabilidade financeira de US$ 400 mensais, para custear a estada no país.
Caso o candidato seja de país onde não é feito o exame Celpe-Bras, se selecionado, deverá frequentar, durante o ano letivo de 2014, curso de língua portuguesa para estrangeiros na instituição brasileira para a qual for designado. Em outubro do ano que vem, deverá prestar o Celpe-Bras.
O número de vagas ainda será acertado pelo Ministério da Educação nas Instituições de Ensino Superior participantes do programa. O resultado da seleção será divulgado nas páginas eletrônicas do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Educação.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

`Guardian` acusa universidade de racismo na seleção de alunos



THE GUARDIAN - TERRA EDUCAÇÃO - 26/02/2013 - SÃO PAULO, SP
A Universidade de Oxford foi acusada de ter `preferência` por alunos brancos em detrimento de negros ou de outras minorias étnicas, afirmou nesta terça-feira o jornal britânico The Guardian em sua página na internet.
Segundo dados apresentados pelo jornal, os candidatos brancos que desejam estudar na renomada universidade britânica têm o dobro de chances de serem aprovados no concorrido processo seletivo realizado pela instituição do que aqueles que pertencem a minorias.
Entre 2010 e 2011, 25,7% dos estudantes brancos que solicitaram uma vaga em Oxford conseguiram entrar na universidade. Enquanto isso, 17,2% dos alunos de alguma minoria étnica, na mesma situação, foram aprovados.
O deputado trabalhista David Lammy, que já havia denunciado essa situação anos atrás, disse ao The Guardian que os números sugerem uma `preferência institucional` por alunos brancos.
As `Oxbridge` (termo que se refere às universidades de Oxford e Cambridge no Reino Unido) entraram em contato com o jornal e negaram que as diferenças nas porcentagens sejam evidência de discriminação.
O periódico, que também tentou, sem sucesso, conseguir os dados da Universidade de Cambridge, afirmou que os estudantes brancos que querem cursar medicina em Oxford têm mais do que o dobro de chances de conseguir, se comparados com as minorias étnicas.
Ainda segundo o jornal, enquanto 43% dos alunos brancos com excelentes notas entraram em medicina, essa porcentagem foi de apenas 22,1% no caso daqueles que são de minorias étnicas.
O mesmo acontece na área de economia e administração de empresas, na qual foram selecionados 19,1% dos candidatos brancos e 9,3% das minorias.
Na área de direito, no entanto, não há diferenças entre a porcentagem de estudantes brancos e de minorias étnicas que conseguiram as vagas.
Em 2009, Lammy tornou público, entre outros casos, o fato de que apenas um estudante britânico de origens afrocaribenhas foi admitido nesse ano. `A Universidade tentou se justificar e afirmou que essas diferenças acontecem porque o número de candidatos de minorias étnicas é maior do que o número de alunos brancos que pleiteiam uma vaga em Oxford`, disse Lammy.
A Universidade de Oxford garantiu ao `Guardian` que o seu compromisso é selecionar os `melhores estudantes, independentemente da etnia ou de qualquer outro fator`.




segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Brasil se prepara para antecipar o ingresso obrigatório na escola




CARTOLA - AGÊNCIA DE CONTEÚDO - TERRA EDUCAÇÃO - 18/02/2013 - SÃO PAULO, SP
Antes, a lei brasileira previa matrícula compulsória a partir dos sete anos. A partir de 2006, essa idade foi antecipada para os seis. Em três anos, o primeiro contato entre criança e escola deverá ocorrer, sem exceções, ainda antes. Isso porque a educação infantil, considerada o primeiro passo do ensino desde 1996, deve se tornar obrigatória no País.
Não que os pequenos já não frequentassem essas instituições de ensino. Segundo dados do Censo de 2010, levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), das cerca de 5,8 milhões de crianças de quatro ou cinco anos, 4,6 milhões iam a escolas ou creches (aproximadamente 80%). Mas a Emenda Constitucional nº 59, sancionada ainda em 2009, coloca como desafio chegar aos outros 20% até 2016. A meta é que o ensino se torne obrigatório entre quatro e 17 anos. A universalização se dará sob a responsabilidade dos municípios, com suporte financeiro da União.
Especialistas acreditam que, pelo menos quantitativamente, o Ministério da Educação (MEC) tem grandes chances de alcançar esse objetivo, graças a programas e ações que estimulam a construção de creches e pré-escolas, como o Proinfância, que utiliza recursos do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2). Tanto o projeto arquitetônico quanto os recursos são oferecidos pelo governo federal. Segundo o MEC, já foram investidos R$ 3,6 bilhões. Até agora, 813 obras já foram concluídas e outras 2.540 estão em execução. A previsão é de que, até 2014, sejam entregues 6 mil novas unidades. Em 2011, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), havia 115.223 estabelecimentos de educação infantil no Brasil - 25,2% deles privados.
Mas todo esse investimento não significa que o atendimento será de qualidade - ainda faltará a garantia de continuidade, e essa é a principal preocupação dos profissionais da educação. `A construção do prédio é o mais simples. Tem o depois`, alerta a professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Maria de Fátima Guerra de Sousa. Apesar de se mostrar otimista com a emenda, já que a previsão em lei abre espaço para uma exigência formal de recursos, ela ressalta que é preciso buscar uma solução política e pedagógica o quanto antes. A professora aposta que, em 2016, a situação será melhor, mas o caminho até a plena realização da meta ainda não terá sido concluído.
`Tenho certa preocupação com esses planos que o Brasil faz em relação à educação. Metas que se sabe que não serão atingidas no prazo estipulado`, critica a professora da Faculdade de Educação na Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) Ana Carolina Perrusi Brandão. Para ela, falta uma avaliação realista da possibilidade de cumprir o que é projetado. O principal problema apontado por ela é o mesmo referido pela professora da UnB: qualidade. Além de construir, trata-se também de equipar essas instituições com ferramentas pedagógicas adequadas e investir na formação dos professores. `Mesmo que se consiga em termos numéricos, estamos muito longe de uma qualidade mínima`, frisa.
A qualidade da educação infantil dita o desempenho futuro do aluno
As deficiências do sistema educacional brasileiro para crianças entre 0 e 5 anos vem gerando também uma grande dívida social, na visão da professora do Departamento de Administração Escolar da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Mônica Correia Baptista. A especialista observa que, quanto mais pobre a família, menores são as chances de que as crianças estejam matriculadas em uma instituição de educação infantil.
No Anuário Brasileiro da Educação Básica 2012, publicado em conjunto pelo Movimento Todos Pela Educação e pela Editora Moderna com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, a taxa de frequência de crianças de 4 e 5 anos em creches e pré-escolas era de 92% para a fatia dos 20% mais ricos do País, e de 67,8% para os 20% mais pobres. A diferença também se reproduz entre crianças de 0 a 3 anos: 36,3% dos mais ricos contra apenas 12,2% dos menos favorecidos. `Não podemos nos esquecer que a creche é um direito previsto na Constituição. Ainda que a matrícula da criança não seja obrigatória, sua oferta é obrigação do poder público`, destaca Mônica.
Os especialistas ainda reforçam o fator determinante da pré-escola para o futuro educacional do aluno. Maria de Fátima afirma que não investir na educação infantil pode levar a um prejuízo muito maior. Sem passar por essa etapa inicial, as crianças estão sujeitas a ter uma diferença no desempenho nos anos seguintes, já que as aulas de creches e pré-escolas, desde que não sejam focadas meramente no assistencialismo, contribuem para a formação básica. `A alfabetização e o letramento da criança começam nessa fase, a partir do momento em que há condições de aproximar a leitura e a escrita como práticas sociais`, diz Ana Carolina. O atendimento de qualidade pode proporcionar uma experiência positiva na vida escolar de modo geral e até, conforme a professora da UnB, diminuir as chances de ocorrências indesejáveis, como gravidez na adolescência.
Cursos de pedagogia deveriam ter capacitação específica
Além da estrutura, a qualidade da educação infantil também depende da formação dos profissionais que trabalham com essas crianças. Não se trata apenas de oferecer assistência, como dar banho, trocar fraldas e supervisioná-las na ausência dos pais. É preciso formular um projeto pedagógico aliando lições e brincadeiras. As faculdades de pedagogia e de educação no Brasil, contudo, carecem de um currículo específico para essa faixa de ensino. Maria de Fátima ressalta que a preparação não pode ser a mesma para o professor que leciona no ensino fundamental, por exemplo. `Os cursos precisam formar educadores para alunos de 0 a 5 anos`, diz a professora da UnB. Professora da UFMG, Mônica afirma ainda que a formação, além de específica, deve ser continuada. `A carreira do professor precisa de condições para capacitação permanente`, observa.
A articulação entre municípios - principais responsáveis pela gestão da educação infantil -, estados e União é apontada pelos especialistas como uma das principais medidas necessárias para cumprir a meta estabelecida pela emenda, bem como estender o acesso a instituições de ensino para crianças entre 0 e 3 anos. `É preciso mais do que garantir vagas. É fundamental que essas crianças tenham acesso a uma escola de qualidade, com instalações apropriadas, professores capacitados e uma política de suporte a sua atuação`, analisa Mônica. Para Maria de Fátima, a questão passa também por uma mudança cultural em relação à criança. `Não é um favor que se faz a essas famílias. É dar a oportunidade a todo cidadão brasileiro de ter um bom começo de vida. Vai fazer diferença`, opina.

Prefeitos têm desafio de universalizar a pré-escola até 2016





YARA AQUINO - AGÊNCIA BRASIL - 16/02/2013 - BRASÍLIA, DF
Os prefeitos que assumiram o cargo no início deste ano terão um desafio a cumprir até o fim do mandato, em 2016: universalizar a pré-escola. A matrícula de todas as crianças na faixa etária de 4 a 5 anos tornou-se obrigatória em 2009. O prazo final foi fixado para 2016 e a responsabilidade recai sobre os municípios aos quais cabe a educação infantil.
O desafio dos prefeitos será garantir vagas para as crianças na rede pública. Alguns municípios, entretanto, não têm unidades suficientes e precisarão construir novos prédios. Além disso, virão mais gastos com os profissionais contratados e a manutenção das novas instalações.
Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, em 2010, havia 1.154.572 crianças na faixa de 4 a 5 anos fora da escola. A matrícula na pré-escola, no entanto, avançou na última década. Em 2000, 51,4% das crianças nessa faixa etária tinham acesso à educação, patamar que saltou para 80,1% em 2010.
Há pouco mais de um mês exercendo o mandato de prefeito de Araguapaz, município goiano com 8,5 mil habitantes, Fausto Luciano antecipa que será difícil cumprir a meta sem mais recursos do governo federal. “Hoje é quase impossível. Os recursos do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] são escassos. Com os recursos de que dispomos hoje, será preciso existir algo mais até 2016 para que isso seja implementado. É um desafio para os gestores que estão entrando agora”, disse Luciano.
As prefeituras recebem apoio federal por meio do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (ProInfância). O objetivo é financiar a construção de unidades de educação infantil para atender a crianças de até 5 anos, faixa etária da creche à pré-escola.
Pelo programa, a prefeitura providencia o terreno e o Ministério da Educação (MEC) financia a construção, os equipamentos e o mobiliário. A meta do atual governo é construir 6 mil novas creches e pré-escolas até 2016. Dados do MEC indicam que 742 unidades de educação infantil foram entregues nos dois primeiros anos de gestão da presidenta Dilma Rousseff e cerca de 5,6 mil estão em construção.
Mesmo assim, alguns gestores se preocupam com o custo da manutenção. É o caso do prefeito de Cachoeira Grande, no Maranhão, Francivaldo Souza. “Estamos construindo uma creche, mas, para fazer funcionar, temos que ter a ajuda do governo federal. Não falo só nos equipamentos, mas também da manutenção”, disse ele.
A secretária municipal de Educação de Colinas, no Tocantins, Odaléa Sarmento, considera a meta ambiciosa e acredita que uma alternativa seria apoiar a ampliação dos prédios municipais. “Os municípios têm prédios com infraestrutura de escola de ensino fundamental. Temos que adaptar esses ambientes para a educação infantil, para essa faixa etária”. Ela também defende que o governo do estado assuma a responsabilidade pela etapa final do ensino fundamental, para que os municípios concentrem esforços na educação infantil.
Embora a questão financeira seja a mais citada entre as dificuldades a serem superadas, a diretora executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, aponta que a gestão nos municípios terá importância fundamental para viabilizar a infraestrutura e contratação de profissionais para a universalização da pré-escola até 2016. “Se a gestão e a implementação não forem muito rigorosas e competentes, no espaço de quatro anos, não se dá conta de colocar em pé toda a estrutura necessária para garantir vagas para essas crianças todas.”
A inclusão do pré-escolar ocorreu por emenda à Constituição. Antes da mudança, o ensino fundamental era a única fase escolar obrigatória no Brasil. Desde então, o ensino passou a ser obrigatório dos 4 aos 17 anos, abrangendo a pré-escola, o ensino fundamental e o médio.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Mãe de jovem com Down recorre ao MP e consegue matricular filha na BA




DO G1 BA - G1 GLOBO.COM - 04/02/2013 - RIO DE JANEIRO, RJ
Daniela Ribeiro, mãe de uma adolescente de 13 anos com Síndrome de Down, conseguiu matricular a filha em uma escola particular de Salvador. A menina começa o ano letivo de 2013 nesta segunda-feira (4). Segundo a mãe da garota, ela tentou a matrícula em sete escolas da capital baiana.
Segundo a Lei da Inclusão, os colégios são obrigados a acolher os alunos especiais, mas Daniela precisou recorrer ao Ministério Público e ao Conselho Estadual de Educação, para conseguir uma vaga.
`Desde outubro, a gente está em busca de uma escola para Giovana e pasmem: as escolas negam a matrícula só porque ela tem Síndrome de Down. Nós passamos por 7 escolas, que negaram a matrícula e duas aceitaram. Escolhemos ficar em uma que também não foi muito fácil, porque a princípio a escola tinha aceitado, depois ela voltou atrás dizendo que a cota de inclusão já estava completa e aí eu não aceitei. Eu briguei, eu gritei, eu esperneei e agora ela vai começar as aulas`, disse a mãe.
`Eu estou me sentido feliz porque vou conhecer colegas novos, amigos novos e professores novos`, disse a garota.
`Tivemos que denunciar no Ministério Público as escolas, no Conselho de Educação da Bahia também e estamos tentando ver na Justiça. Pode parecer uma coisa corriqueira para todos os pais, levar os filhos para escola, mas para mim, vai ter um sabor de vitória”, explicou a mãe.