quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

EDUCAÇÃO - Notícias que correm pelo Brasil hoje


Currículo é ‘péssima ferramenta’ para chegar à entrevista
Sílvio Guedes Crespo
Enviar currículos para empresas virou “coisa do passado”, na opinião do consultor canadense Chris Pires, especialista na área de tecnologia da informação. Em entrevista ao jornal britânico “Financial Times”, ele disse que o CV pode ser útil quando o candidato a uma vaga já está diante do entrevistador, mas é uma “péssima ferramenta” para chegar à entrevista. “Aproximadamente 80% das vagas nunca são anunciadas porque já são preenchidas no boca a boca”, afirma. “Com ferramentas de mídias sociais como o LinkedIn, em que as pessoas podem facilmente encontrar executivos que buscam profissionais [...], currículos são definitivamente uma coisa do passado.” Ele recomenda que as pessoas procurem emprego por meio de suas redes de contatos. Pires disse que ele próprio passou meses enviando currículos sem nunca obter uma resposta sequer, e resolveu mudar de tática: produzir um plano de carreira.

Parei de enviar currículos. Em vez disso, comecei a fazer entrevistas com profissionais que tinham o poder de me contratar”, contou Pires. Numa dessas entrevistas, ele foi indicado a um profissional de outra empresa e obteve o
emprego. Fiquei fascinado com como uma mudança na abordagem permitiu-me desbancar pessoas que estavam mais qualificadas no papel”, afirmou. “Se eu quero um emprego na Microsoft, tenho duas opções: - submeter meu currículo ao departamento de Recursos Humanos e esperar que em algum momento ele magicamente caia na escrivaninha do profissional com quem eu precise falar - ou encontrar esse profissional em uma rede social, descobrir quais são as necessidades dele, construir uma relação com ele e, então, quando um emprego surgir, eu já estou na fila.”
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/01/2011 - São Paulo SP



> Portal Aprendiz, 19/01/2011
Para debater desigualdade racial, ONU institui 2011 como ano dos afrodescendentes
Desirèe Luíse
Afim de combater o racismo e as desigualdades econômicas e sociais dos negros, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 2011 como o Ano Internacional dos Afrodescendentes. Eles estão entre os que mais sofrem com discriminação e dificuldade de acesso a serviços básicos, como educação, segundo o órgão. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), lançou, no final do ano passado, a campanha “Por uma infância sem racismo”. A responsável pela campanha e pelo programa de proteção à infância do Unicef, Helena Oliveira, destaca que existem dois níveis de discriminação racial. “O primeiro é aquele conhecido pelos números. Os dados mostram a disparidade no acesso às políticas publicas. Nesse sentido, o negro acaba com menos direitos do que o branco”, diz.

A taxa de analfabetismo entre a população branca de 15 anos ou mais é de 6,1%, enquanto que para os negros e pardos é de 14,1 % – diferença de 131,1%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e constam no 4º Relatório Nacional sobre os Direitos Humanos no Brasil, lançado em dezembro no último ano. Entre os que estudaram, considerando a população com 25 anos ou mais, a média de escolaridade da população negra e parda é de 5,8 anos, contra 7,8 anos para a população branca.

Um segundo nível de discriminação é o do cotidiano, que é mais simbólico. Quando uma criança escuta um comentário racista no espaço escolar, o que foi dito passa a compor a formação dela. Isso pode causar efeitos danosos”, completa Helena. A campanha do Unicef tem o objetivo de mobilizar a sociedade brasileira para assegurar a igualdade étnico-racial desde a infância. “Quando os pais e professores promovem a interação e o conhecimento sobre o diverso, estão incentivando à igualdade”, ressalta. “A criança que pode estar em diferentes espaços cresce aprendendo a respeitar o outro.”


Pior entre mulheres - “As discriminações raciais somadas às de gênero são eixos estruturantes das desigualdades sociais no país e América Latina”, afirma a gerente de programas da ONU Mulheres Brasil e Cone Sul, Júnia Puglia. “As mulheres negras sofrem com a dupla desigualdade.” Segundo a análise de Júnia, o papel tradicional da mulher na sociedade e a forma como os negros foram inseridos no Brasil colocam barreiras para que as negras aproveitem oportunidades educacionais e no mercado de trabalho. Os dados da Relação Anual de Informação Social (Rais), órgão do Ministério do Trabalho, revelam que as mulheres negras recebem menos que a metade do salário dos homens brancos em trabalhos

formais. “Uma das piores formas de inserção é o trabalho doméstico remunerado, por meio do qual as mulheres negras mais participam das atividades econômicas do país. Este tipo de trabalho tem um percentual de formalização muito baixo”, lembra Júnia.


Solução - Para garantir equidade racial é necessário investir em ações inclusivas, de acordo com a ONU. “Quando uma parcela da população não está matriculada na escola, as estratégias para buscá-la deverão ser diferentes. São crianças de comunidades quilombolas e indígenas, para as quais a escola não chega”, exemplifica Helena. Na opinião de Júnia, os debates sobre igualdade racial e de gênero tem avançado, embora haja reações contrárias à inclusão. “Há 15 anos não poderíamos vislumbrar esse cenário institucional, mas ainda tem muito trabalho a ser feito, porque é preciso desconstruir o racismo e o sexismo”, conclui. Mais da metade de população brasileira tem ascendência africana. De acordo com dados do IBGE de 2009, 51,1% dos brasileiros se reconhecem como pretos ou pardos. Com a segunda maior população negra do planeta (e primeira fora do continente africano), a missão do Brasil no ano temático da ONU é “chamar atenção para as persistentes desigualdades que ainda afetam esta parte importante da população brasileira”, segundo um comunicado da instituição.



Professores das redes públicas mesmo índice de reajuste dos senadores

Assina o abaixo-assinado aqui http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2010N4645

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