sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Domínio de outra língua deve ir além do currículo

Domínio de outra língua deve ir além do currículo
Ler, escrever e falar são habilidades colocadas em prática no dia a dia
FLAVIA GALEMBECK / JULIANA CUNHA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Conhecer outros idiomas é uma competência frequentemente exigida dos profissionais que disputam uma vaga no mercado ou ambicionam cargos mais elevados. Quem coloca esse dado no currículo deve estar preparado para a parte prática, que envolve desde ler e redigir e-mails e relatórios em outra língua até fazer reuniões com clientes estrangeiros. Em algumas multinacionais, escrever bem é indispensável para postos de chefia. No banco Santander, saber espanhol é fundamental para se comunicar com a equipe da matriz, em Madri. Lá, é comum ter de escrever e-mails e documentos no idioma, comenta Paula Giannetti, superintendente de recursos humanos do banco. Para ler apresentações e e-mails em espanhol, a coordenadora de seguros Paula Sabatine resolveu estudar espanhol há um ano e meio. Na General Motors, é rotina usar o inglês para ler memorandos, manuais, procedimentos e dados referentes a sistemas de informática. Assim, o candidato que domina o inglês leva vantagem em seleções, diz Márcia Santos, especialista do departamento de recursos humanos da empresa.

PONTO NA SELEÇÃO - Dependendo da origem da corporação, Adriana Gomes, coordenadora do ESPM Carreiras, sugere a quem atua em multinacional aprender a língua da matriz. "Mostra interesse pela cultura e alinhamento
com a companhia." Para ela, em um processo seletivo, quem fala, escreve e lê em outro idioma leva vantagem. "Mas, caso o profissional tenha uma "expertise" menor em uma dessas habilidades, isso deverá ser informado ao empregador", diz. Segundo escolas de idiomas, os cursos de inglês e os de espanhol seguem sendo os mais procurados. Túlio Tavernaro, gerente de projetos da área de marketing da Nestlé, é fluente nos dois, pois gerencia uma equipe que tem membros em diferentes países e implementa projetos nas subsidiárias do continente americano. Também usa os idiomas em reuniões, visitas, conferências por telefone e work- shops que ministra.
Fonte: Folha de São Paulo, 28/01/2011 - São Paulo SP

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