sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Falar bem é principal exigência

Falar bem é principal exigência
Empresas valorizam quem está preparado para discutir projetos e conversar com estrangeiros
MARIANA BERGEL COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Falar bem em outro idioma é a habilidade que as companhias mais valorizam. "O material didático para empresas enfatiza conversação", diz Marcelo Teixeira, 40, diretor de cursos e de projetos da Manhattan Village. "A fala se sobressai, pois a maior parte da comunicação com os clientes é falada", afirma Maria Fernanda Ortega, 33, diretora de recursos humanos da Fnac Brasil. "Atendo clientes em inglês e francês", concorda Nuria Aluz, 21, coordenadora do departamento de vendas da Fnac da avenida Paulista.

Ela acha que falar esses idiomas não foi determinante para ser contratada, e sim para sua ascensão -ela atuou como temporária e consultora de vendas.
Na Bosch, saber dialogar em alemão e inglês -idiomas oficiais da matriz- é importante, especialmente nas áreas técnicas. "A maioria dos centros de engenharia e desenvolvimento de produtos está na Alemanha", diz Fábio Amaral, gerente de recursos humanos corporativos da empresa. Ele acrescenta que a principal habilidade requerida dos profissionais é a comunicação verbal em outra língua -depois vem a escrita. Na IBM de Hortolândia (a 105 km de SP), funcionários falam ou escrevem em até oito idiomas para se comunicar com clientes, diz Edson Pereira, executivo de parcerias educacionais da empresa.

BEM-VISTO - O inglês, idioma oficial da
companhia, é testado em todos os candidatos a uma vaga. "Muitas vezes admitimos pessoas que não são de TI [tecnologia da informação] porque é mais fácil capacitar um profissional para cargos de entrada em TI do que em idiomas", afirma. Foi assim que o executivo Carlos Carnelof, 29, entrou na IBM, há sete anos. "Fazia faculdade de fisioterapia e precisava trabalhar. Como gostava de TI e falava bem inglês, fui admitido", lembra. Ele estima gastar cerca de 80% do tempo no trabalho falando inglês. "Quanto melhor é a comunicação com clientes, com domínio de palavras técnicas e gírias, melhor é o relacionamento com eles. Você é visto como parceiro, e não como alguém que só cumpre função."
Fonte: Folha de São Paulo, 28/01/2011 - São Paulo SP

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