Coisas maravihosas da vida: observar a vida de Recife pelos olhos de Olinda comendo tapioca; colher sorrisos do folião com a alfaia na cintura ao som do Baquenambuco; (re)descobrir-me a cada momento que coloco os pés numa sala de aula; mergulhar no mar de possibilidades da pesquisa; estar com as pessoas que amo, mesmo que elas estejam momentaneamente distantes; ver a vida ora colorida, ora em preto e branco; ter fé e viver a VIDA!!! @luzdosolpe
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
''Apesar da alta empregabilidade, docência tem condições ruins''
Ocimar Munhoz Avalarse - PROFESSOR DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) Especialista em gestão educacional, Ocimar Avalarse diz que falta planejamento governamental para melhorar carreira
Luciana Alvarez
Faltam docentes hoje no País?
Sim, sobretudo nas áreas de ciências exatas, como Química e Física.
Por que cada vez menos gente se forma na área?
Para os cursos de Pedagogia e Normal, talvez porque tenha havido uma bolha quando a Lei de Diretrizes e Bases foi aprovada em 1996. Mas de forma geral é uma carreira de baixa atratividade. A docência tem empregabilidade alta, mas as condições são ruins. Muitos cursos têm ociosidade de vagas.
Por isso se contrata mesmo quem não tem diploma?
Os responsáveis não organizaram a contratação. No Estado mais rico do País quase metade dos professores tem contratos precários. Isso colabora para a baixa atratividade; quem se forma pode ganhar mais sendo vendedor. E como não se resolve o problema imediatamente, um governo deixa para o outro.
Como tonar o magistério uma carreira desejável?
Defendo que toda formação de professor seja pública - hoje a maior parte é feita por faculdades particulares. Futuros professores deveriam ganhar bolsa para ter condições de ter uma boa formação. Porque não preciso só de professores em bom número, mas que estejam em bom patamar de formação.
Atrair jovens para a docência é um problema só do Brasil?
Não, isso é mais ou menos geral no mundo todo . Tanto assim que os EUA são o berço de ações como avaliação para dar bônus e do discurso sobre "atrair os melhores". Com a democratização do ensino, a carreira perdeu o prestígio. E os jovens têm hoje muitas outras opções.
Fonte: O Estado de São Paulo, 02/02/2011 - São Paulo SP
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