Recentemente, o Diário Catarinense publicou, na edição de 7 de fevereiro, a inquietante pergunta em matéria de capa: Quem quer ser um professor? A reportagem evidenciava a falta de condições das escolas, os baixos salários dos docentes e o ingresso cada vez mais raro de jovens nos cursos de licenciaturas e no exercício da docência na educação básica. O que o DC mostrou é um impulso para que continuemos na luta por uma carreira mais digna e por políticas públicas que coloquem o professor como protagonista no fazer educacional. Vale salientar que não vai adiantar currículos | reformulados e escolas reconstruídas se não valorizarmos, com a dignidade que merece, o sujeito que escolhe a docência como carreira e trabalho. A interação com o conhecimento e a socialização criativa aos alunos só pode ser feita com qualidade, pelo docente feliz no que faz. Nossa inquietação porém, reside na pergunta de capa do DC, e registramos, então, algumas possibilidades de diálogo. Quer ser professor aquele que, da educação infantil à pós-graduação, fica feliz com uma pergunta da criança, jovem e adulto em processo de aprendizagem. Quer ser professor aquele que prepara uma aula com | carinho, seleciona estratégias com intencionalidade e reconhece que todo ser humano é capaz de aprender. Quer ser professor aquele que compreende que nenhum saber é completo e definitivo e faz parte da docência o exercício da curiosidade, sempre com compromisso e humildade. Quer ser professor aquele que gosta de gente, do barulho das crianças brincando, do renovar-se com os jovens e adultos. Temos a plena convicção que muitos querem “ser professor”, o que não querem é que a docência seja um anexo ou bico, e sim opção de vida e de exercício profissional num mundo ainda com tanto para se fazer. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário